O
primeiro que notei foi o cheiro: couro, madeira e cera com um ligeiro aroma de
limão. É muito agradável, e a luz é tênue, sutil. Na realidade não vejo de onde
sai, de algum lugar junto ao teto e emite um resplendor ambiental. As paredes e
o teto eram de cor vinho escuro, o que dava à espaçosa sala um efeito uterino e
o chão era de madeira envernizada muito velha. Na parede, de frente para a
porta, havia um grande X de madeira, de mogno muito brilhante, com argolas nos
extremos para ficar seguro, me sinto como tivesse sido transportada por uma
maquina do tempo o lugar passar dedução. Por cima havia uma grande grade de
ferro suspensa no teto, com no mínimo de dois metros quadrados, da qual se
penduravam todo o tipo de cordas e algemas brilhantes. Perto da porta, dois
grandes postes reluzentes e ornados, como balaústres de um parapeito, porém
maior, estavam pendurados ao longo da parede como cortinas. Deles pendiam uma
impressionante coleção de varas, chicotes e curiosos instrumentos com plumas.
Junto
à porta havia um móvel de mogno maciço com gavetas muitas estreitas, como se
estivessem destinados a guardar amostras de um velho museu. Por um instante me
perguntei o que havia dentro. Quero saber? No canto do fundo vejo um
banco acolchoado de couro de cor vermelha, e junto à parede, uma estante de
madeira onde parecia guardar tacos de bilhar, mas um observador atento
descobriria que continha varas de diversos tamanhos e grossura. No canto oposto
havia uma sólida mesa de quase dois metros de largura, de madeira brilhante com
pernas talhadas e debaixo, dois tamboretes combinando.
Mas
o que dominava o quarto era uma cama. Era maior que as camas de casal, com
dossel de quatro postes talhados no estilo rococó. Parecia de finais do século
XIX. Debaixo do dossel via mais correntes e algemas reluzentes. Não havia roupa
de cama… apenas um colchão coberto com um lençol vermelho e várias almofadas se
seda vermelha em um extremo. A uns metros dos pés da cama havia um grande sofá Chesterfield, colocado no meio da sala, de frente para a cama. Estranha distribuição… isso de colocar um sofá de frente para a cama. E sorri comigo mesmo. Parecia raro o sofá, quando na realidade era o móvel mais normal de toda a sala. Levantei os olhos e observei o teto. Estava cheio de mosquetões, a intervalos irregulares. Perguntei-me, por um segundo, para que serviam. Era estranho, mas toda esta madeira, as paredes escuras, a tênue luz e o couro vermelho, faziam com que o quarto parecesse doce e romântico…
qualquer coisa menos isso. Era o que Christian entendia por doçura e romantismo.
Girei e ele estava olhando-me fixamente, como supunha, com uma expressão impenetrável. Avancei pela sala e me seguiu. As plumas tinham me intrigado. Decidi tocá-las. Era como um pequeno gato de noves rabos, porém mais grosso e com pequenas bolas de plástico nos extremos.
— É um chicote de tiras. — Christian disse em voz baixa e
doce.
Um chicote de tiras... Nossa. Acredito que estou em estado de choque. Meu
subconsciente sumiu, ficou mudo ou simplesmente morreu. Estou paralisada. Posso
observar e assimilar, mas não articular o que sinto diante de tudo isso, porque
estou em estado de choque, a onde eu vim parar sinto uma enorme vontade de sair
correndo, mas tem alguma que me faz sentir muita vontade de ficar um magnetismo
que eu não entendo. Qual é a reação adequada quando descobre que seu possível
amante é um sádico ou um masoquista total? Medo... sim... essa parece
ser a sensação principal. Agora percebo. Mas não dele. Não acredito que me
machucaria. Bom, não sem meu consentimento. Várias perguntas nublaram minha
mente. Por quê? Como? Quando? Com que frequência? Quem? Aproximei-me da cama e
passei a mão por um dos postes. Era muito grosso e o talhe era impressionante.
— Diga algo — Pediu Christian com um tom enganosamente doce.
— Faz com as pessoas ou fazem com você?
Franziu a boca, não sabia se divertido ou aliviado.
— Pessoas? —Piscou um par de vezes, como se estivesse
pensando o que responder. — Faço com mulheres que querem que o faça.
Não entendo.
— Se tem voluntárias dispostas a aceitá-lo, o que faço aqui?
— Porque quero fazê-lo com você, desejo.
— Oh.
Fiquei com a boca aberta. Por quê?
Fui para o outro canto do quarto, passei a mão pelo banco
acolchoado, até a cintura e deslizei os dedos pelo couro. Gosta de machucar
as mulheres. A ideia me deprimia.
— É um sádico?
— Sou um Amo.
Seus olhos cinza ficaram abrasadores, intensos.
— O que significa isso? — Perguntei com um sussurro.
— Significa que quero que se renda a mim, em tudo,
voluntariamente.
Olhei com o cenho franzido, tentando assimilar a ideia.
— Porque faria algo assim?
— Para satisfazer-me. — Murmurou inclinando a cabeça.
Vejo que esboçou o sorriso.
Satisfazer-me! Quer que o satisfaça! Acho que fiquei com
a boca aberta. Satisfazer Christian Grey. E nesse momento percebo que
sim, que é exatamente o que quero fazer. Quero que ele desfrute comigo. É uma
revelação.
— Digamos, em termos muito simples, que quero que queira me
satisfazer. — Disse em voz baixa, hipnótica.
—Como tenho que fazer?
Senti a boca seca. Queria que tivesse mais vinho. Certo,
entendo o de satisfazê-lo, mas o quarto de tortura isabelino me deixou
desconcertada. Quero saber a resposta?
— Tenho normas e quero que as aceite. São normas que te
beneficiam e me proporcionam prazer. Se cumprir essas normas para
satisfazer-me, te recompensarei. Se não, te castigarei para que aprendas. —
Sussurra. Enquanto fala comigo, olho para a estante de varas.
— E em que momento entra em jogo tudo isso? — Pergunto
apontando com a mão ao redor do quarto.
— É parte do pacote de incentivos. Tanto da recompensa como
do castigo.
— Então desfrutará exercendo sua vontade sobre mim.
— Se trata de ganhar sua confiança e seu respeito para que me
permita exercer minha vontade sobre ti. Obterei um grande prazer, inclusive uma
grande alegria, caso você se submeta. Quanto mais se submeter, maior será minha
alegria. A equação é muito simples.
— Certo, e o que eu ganho de tudo isso?
Encolheu os ombros no que pareceu um gesto de desculpa.
—A mim. — Limitou-se a responder.
Deus meu… Christian me observava passar a mão pela vara.
— Anastásia, não tem maneira de saber o que pensa. — Murmurou
nervoso. – Vamos voltar para baixo, assim poderei me concentrar melhor.
Desconcentro-me muito contigo aqui.
Estendeu uma mão, mas não sabia se agora queria segurá-la,
acho melhor não estou com um pouco de medo.
Kate disse que era perigoso e tinha muita razão. Como ela
sabia? Era perigoso para minha saúde, porque sabia que iria dizer que sim. Continuo
com a sensação que uma parte de mim quer gritar e sair correndo por este quarto
e tudo o que representa. Sinto-me muito desorientada, ele tinha que ser assim.
— Não vou te machucar, Anastásia.
Droga por que sou tão transparente? Ele percebeu que eu
estava com medo. Sabia que não estava mentindo. Segurei sua mão e saí com ele
do quarto.
— Quero mostrar algo, se por acaso aceitar.
Em lugar de descer as escadas, girou a direita do quarto
de jogos como ele o chamava e avançou pelo corredor. Passamos junto a
várias portas até chegarmos à última. Do outro lado havia um dormitório com uma
cama de casal. Tudo era branco… tudo: os móveis, as paredes, a roupa de cama.
Era limpa e fria, mas como uma vista preciosa de Seattle desde a janela de
cristal.
— Este será seu quarto. Pode decorá-lo a seu gosto e ter aqui
o que quiser.
— Meu quarto? Espera que venha viver aqui? — Pergunto sem
poder dissimular meu tom horrorizado.
— Viver não. Apenas, digamos, de sexta à noite até a noite de
domingo. Temos que conversar sobre o tema e negociar. — Acrescentou em voz baixa
e duvidosa.
— Dormirei aqui?
— Sim.
— Não contigo.
—Não. Já disse. Eu não durmo com ninguém. Apenas contigo
quando se embebedou até perder o sentido. — Disse em tom de reprimenda.
Aperto meus lábios. Há algo que não se encaixa. O amável e
cuidadoso Christian, que me resgata quando estou bêbada e me segura amavelmente
enquanto vômito e o monstro que tem um quarto especial cheio de chicotes e
algemas é o mesmo?
— Onde você dorme?
— Meu quarto está abaixo. Vamos, deve sentir fome.
— É estranho, mas acho que perdi a fome. — Murmurei sem
vontade, última coisa que eu posso querer agora é comer.
— Tem que comer Anastásia. — Chamou minha atenção.
Segurou minha mão, ele faz tanta questão de segurar a minha
mão, mas não quer dormir comigo ele é muito estranho e voltamos para o andar de
baixo.
De volta para o salão incrivelmente grande, me senti
inquieta. Estou à borda de um precipício e tenho que decidir se quero saltar ou
não.
— Sou totalmente consciente de que estou indo por um caminho
escuro, Anastásia, e por isso quero de verdade que pense bem. Com certeza tem
coisas para perguntar-me. — Disse soltando minha mão e dirigindo-se com passo tranquilo
para a cozinha.
Eu tenho. Mas por onde começo?
— Assinou um acordo de confidencialidade, assim que pode
perguntar o que quiser e responderei.
Estou junto à bancada da cozinha e observo como abre a
geladeira e tira um prato de queijo com dois enormes cachos de uva brancas e
vermelhas. Quero perguntar tanta coisa, mas as ao mesmo tempo eu não quero,
acho que nunca estive tão confusa coisa Deixa o prato sobre a mesa e começa a
cortar o pão.
— Sente-se. — Disse apontando um banco junto à bancada.
Obedeço a sua ordem. Se vou aceitar, terei que me acostumar.
Percebo que se mostrou dominante desde que o conheci.
— Falou sobre os papéis.
— Sim.
— A que se refere?
— Bom, além do acordo de confidencialidade, há um contrato
que especifica o que faremos e o que não faremos. Tenho que saber quais são
seus limites, e você tem que saber quais são os meus. Trata-se de um consenso,
Anastásia.
— E se não quiser?
— Perfeito. — Responde com prudência.
— Mas, não teremos nenhuma relação? — Pergunto.
— Não.
—Por quê?
— É esse o único tipo de relação que me interessa.
— Por quê?
Encolheu os ombros.
— Sou assim.
Como uma pessoa é assim? Ele fala como isso fosse a coisa
mais natural do mundo.
— E como chegou a ser assim?
— Por que cada um é como é? É muito difícil saber. Porque uns
gostam de queijo e outros odeiam? Você gosta de queijo? A senhora Jones, minha
governanta deixou queijo para o jantar.
Tirou dois grandes pratos brancos de um armário e colocou
diante de mim.
E agora começamos a falar sobre queijo… maldição…
— Que normas tenho que cumprir?
— Tenho por escrito. Veremos depois de jantar.
Comida… Como vou comer agora?
— De verdade, não tenho fome. — Sussurrei.
— Vai comer — Se limitou a responder.
O dominante Christian. Agora está tudo claro.
— Quer outra taça de vinho?
— Sim, por favor.
Serviu-me outra taça e sentou a meu lado. Dei um rápido gole.
— Fará bem comer, Anastásia.
Peguei um pequeno cacho de uvas. Com isto sim, que posso. Ele
revirou os olhos.
— Faz muito tempo que está nisso? — Perguntou.
— Sim.
— É fácil encontrar mulheres que aceitem?
Ele olhou e levanto uma sobrancelha.
— Ficaria surpresa. — Respondeu friamente.
Eu já estou supresa.
— Então, porque eu? De verdade, não entendo.
—Anastásia, já te disse. Tem algo. Não posso me afastar de
você. — Sorriu ironicamente. — Sou um pássaro atraído pela luz. — Sua voz ficou
trêmula. —Te desejo com loucura, especialmente agora, quando morde os lábios. —
Respirou fundo e engoliu.
O estomago dava voltas. Deseja-me... de uma maneira rara... é
verdade, mas este homem bonito, estranho e pervertido me deseja.
— Acho que inverteu este clichê. — Respondi.
Eu sou o pássaro e ele a luz e vou me queimar. Eu sei.
— Coma!
— Não. Ainda não assinei nada, assim, acho que farei o que
quiser, se não se importa.
Seus olhos se acalmaram e seus lábios esboçaram um sorriso.
— Como quiser senhorita Steele.
— Quantas mulheres? — Perguntei de uma vez, com muita
curiosidade.
— Quinze.
Nossa, menos do que pensava.
— Durante longos períodos de tempo?
— Algumas sim.
— Alguma vez machucou alguma?
— Sim.
Maldição!
— Grave?
— Não.
— Me machucaria?
— O que quer dizer?
— Se vai me machucar fisicamente.
Pois sei que emocionalmente concerteza.
— Te castigarei quando for necessário e será doloroso.
Acho que estou ficando enjoada. Tomei outro gole de vinho. O
álcool me dará coragem.
— Alguma vez te bateram? — Pergunto.
— Sim.
Nossa, me surpreendeu. Antes que pudesse perguntar por esta
última revelação, ele interrompeu o curso dos meus pensamentos.
— Vamos conversar no meu escritório. Quero mostrar algo.
Custa muito processar tudo isso. Fui tão inocente ao pensar
que passaria uma noite de paixão desenfreada na cama com este homem e aqui
estamos negociando um estranho acordo.
Segui até o escritório, um amplo cômodo com uma cortina desde
o chão até o teto. Sentou-se na mesa e apontou com um gesto para que me
sentasse em uma cadeira de couro de frente a ele e me estendeu uma folha de
papel.
— Estas são as regras. Podemos mudá-las. Formam parte do
contrato, que também te darei. Leia e comentaremos.
NORMAS
Obediência:
A
Submissa obedecerá imediatamente todas as instruções do Amo, sem duvidar, sem
reservas e de forma expressiva. A Submissa aceitará toda atividade sexual que o
Amo considerar oportuna e prazerosa, exceto as atividades contempladas nos
limites inquebráveis (Apêndice 2). O fará com entusiasmo e sem duvidar.
Sono:
A
Submissa garantirá que dormirá no mínimo sete horas diária quando não estiver
com o Amo.
Refeição:
Para
cuidar de sua saúde e bem estar, a Submissa comerá frequentemente alimentos
incluídos em uma lista (Apêndice 4). A Submissa não comerá entre horas, a
exceção de fruta.
Roupa:
Durante
a vigência do contrato, a Submissa apenas usará roupa que o Amo houver
aprovado. O Amo oferecerá a Submissa uma quantia para roupas. O Amo acompanhará
a Submissa para comprar roupas quando seja necessário. Se o Amo assim o exige,
enquanto o contrato estiver vigente, a Submissa vestirá os adornos que exija o
Amo, em sua presença ou em qualquer outro momento que o Amo considere oportuno.
Exercício:
O
Amo proporcionará a Submissa um treinador pessoal quatro vezes por semana, em
sessões de uma hora, horas convenientes para o treinador e a Submissa. O
treinador pessoal informará ao Amo os avanços da Submissa.
Higiene
pessoal e beleza:
A
Submissa estará limpa e depilada a todo momento. A Submissa irá ao salão de
beleza escolhido pelo Amo quando este decida e se submeterá a qualquer
tratamento que o Amo considere oportuno.
Segurança
pessoal:
A
Submissa não beberá em excesso, não fumará, não tomará nenhuma substância
psicotrópica, nem correrá riscos sem necessidade.
Qualidades
pessoais:
A
Submissa apenas manterá relações sexuais com o Amo. A Submissa se comportará a
todo o momento com respeito e humildade. Deve compreender que sua conduta
influencia diretamente na do Amo. Será responsável por qualquer ato, maldade ou
má conduta que leve a cabo quando o Amo não estiver presente.
O não cumprimento de qualquer uma das normas anteriores será
imediatamente castigada e o Amo determinará a natureza do castigo.
Minha Nossa!
— Limites inquebráveis? — Pergunto.
— Sim. O que você não fará e o que não farei. Temos que
especificar em nosso acordo.
— Não tenho certeza se vou aceitar dinheiro para roupas. Não
me parece bem.
Me movimento incomoda. A palavra «puta» soa em minha cabeça.
— Quero gastar dinheiro com você. Deixa-me comprar roupa.
Talvez necessite que me acompanhe em algum ato, e quero que esteja bem vestida.
Tenho certeza que com seu salário, quando encontre um trabalho não poderá pagar
a roupa que gostaria que vestisse.
— Não terei que usar quando não estiver contigo?
— Não.
— Certo. Eu penso nisso como um uniforme.
— Não quero fazer exercícios quatro vezes por semana.
— Anastásia, necessito que esteja ágil, forte e resistente.
Confie em mim, tem que fazer exercícios.
— Com certeza que não quatro vezes por semana. O que acha de
três?
— Quero que seja quatro.
— Pensei que fosse uma negociação.
Franziu os lábios.
— Certo, senhorita Steele, tem razão. O que te parece uma
hora três dias por semana e meia hora outro dia?
— Três dias, três horas. Você me dá a impressão de que se
ocupará de que faça exercício quanto estiver aqui.
Sorriu perversamente e os olhos brilharam como se sentisse
aliviado.
— Sim o farei. Certo. Tem certeza de que não quer trabalhar
em minha empresa? É boa negociando.
— Não, não acho que seja uma boa ideia.
Observo a folha com suas normas. Depilar-me! Depilar o
que?
Tudo? Uf!
— Vamos aos limites. Estes são os meus. — Disse estendendo
outra folha de papel.
LÍMITES INQUEBRAVEIS:
Atos com fogo.
Atos com urina, fezes e excrementos.
Atos com agulhas, facas, perfurações e sangue.
Atos com instrumentos médicos ginecológicos.
Atos com crianças e animais.
Atos que deixem marcas permanentes na pele.
Atos relativos ao controle da respiração.
Atividade que implique contato direto com corrente elétrica, fogo e
chamas no corpo.
Uf.
Ele tinha que escrever!
Claro… todos estes limites pareciam sensatos e necessários na verdade… Com
certeza qualquer pessoa em seu juízo perfeito não iria querer este tipo de
coisas. Mas seu estômago ficou enjoado.
—
Quer acrescentar algo? — perguntou amavelmente.
Merda. Não tenho nem ideia. Estou
totalmente perplexa. Olha para mim e enruga a testa.
—
Há algo que não queira fazer?
—
Não sei.
—
O que é que não sabe?
Removi
incomoda e mordo os lábios.
—
Nunca fiz uma coisa assim.
—
Bom, há algo que não goste no sexo?
Pela
primeira vez, no que parecia séculos, ruborizei chegou o momento que eu tanto
temia, eu nunca pensei em ter essa conversa com alguém.
—
Pode me dizer, Anastásia. Se não formos sinceros, não vai funcionar.
Volto
a me mover incomoda e olho para minhas mãos, agora a minha vontade de sair correndo
aumentou.
—
Diga. — Pediu-me.
—
Bom... nunca fiz isso antes com ninguém, então não sei. — Digo com uma voz
baixa.
—
Tudo bem, sei que não é todo mundo que faz isso, me diz o que você não gosta no
sexo ou o que você gosta quais são suas preferência? — Ele me pergunta.
Acho
que ele não entendeu o que eu disse, será que devo correr agora? A baixei minha
cabeça e disse.
—
Eu nunca estive com um homem. — Sinto que ele para um pouco para pensar.
—
Então você só esteve com mulheres é isso você é lésbica?
Meu
Deus ele é burro ou eu que não sei fazer entender, minha resposta sai como o
meu espanto.
—
Não, eu nunca fiz sexo nem com um homem e nem com mulher! — Sinto que o meu
rosto esta em brasa.
Levantei
os olhos até ele, que olhava com a boca aberta, paralisado e pálido, muito
pálido.
—
Nunca? — Sussurrou.
Assenti.
—
É virgem?
Assenti
com a cabeça e voltei a me ruborizar. Fechou os olhos e pareceu contar até dez,
Quando os abriu, ele olhou irritado.
—
Por que, porra, não me disse? — Grunhiu.
Versão
grey
Ela
entra, e em seu olhar não deixa transparecer nada. Ela inala o cheiro de
madeira polida, couro e citrus como se fosse uma mistura intoxicaste. Vejo que
Gail fez tudo como mandei, deixou como eu mandei. Ela olha ao redor da sala
espaçosa de profunda cor bordô escuro, fixando os pisos de madeira antiga
envernizada. Ela, então, olha para a cruz de madeira em forma de X e as algemas
de retenção penduradas. Seus olhos capturam o teto e as grades de suspensão
penduradas. Ela caminha mais e toca as cordas, correntes e algemas. Ela anda em
direção ao conjunto de chicotes, pás, e chibatas. Ela verifica as gavetas onde
guardo os vários brinquedos, abrindo uma, olhando para o conteúdo e
imediatamente fechando. Seu rosto ainda não deixa transparecer nada.
Examinando, olhando, mas não dizendo nada, e nenhuma emoção está cruzando seu
rosto para eu ler.
Ela anda
em direção à cama estilo rococó king-size com forro de couro vermelho. Ela olha
as algemas, e correntes penduradas no dossel. Ela olha em volta e fixa a mesa
longa de madeira polida com banquinhos debaixo dela. Ela continua impassível e
a curiosidade sobre o que ela está pensando está me deixando louco. Ela olha
para as argolas no teto.
Ela
localiza o chicote de camurça com final espesso, com contas de plástico nas
pontas. Seus dedos acariciam suavemente, examinando. Pela primeira vez seus
olhos têm um lampejo de curiosidade. Não consigo fazer a leitura do que ela
esta pensando
— É chamado de açoite —, eu
digo baixinho e suavemente.
—Hmmm... —, diz ela olhando
para ele em choque. O olhar dela se desvia para mim, e depois de volta para os
meus brinquedos ao redor da sala. Seu rosto aparenta passividade, mas parece
haver uma corrente de medo, choque e entorpecimento.
—Diga alguma coisa. — Eu comando suavemente embora pedindo uma
resposta verbal dela, ficar sem saber o que ela esta pensando me angustia.
— Faz com as pessoas ou fazem com você? — Ela pergunta. sinto
alívio, e sorrio curiosidade é sempre bom, mas acho que ela esta tendo uma
ideia errada.
— Pessoas?
—Eu faço isso com mulheres que desejam que eu faça isso com
elas. — Eu respondo esperando que ela vá me
dar algo, alguma resposta.
—Entendo.
Parece-me que você tem voluntárias. Eu não entendo então por que estou aqui, ou
a minha finalidade aqui —, murmura.
— Porque eu,
realmente, realmente, realmente quero fazer isso com você —, eu digo quase suplicante.
Ela dá um suspiro audível,
—oh! — Com um olhar
interrogativo. Eu esperava que ela corresse para fora da sala, mas ela anda
mais, olhando para as pás, e me dando o mais triste e deprimido olhar, ela
pergunta:
— Você é um sádico, Christian? — A voz embargando no final.
—Eu sou um Amo, Ana —, eu
digo com meu olhar intenso, não posso assusta-la.
— O que significa
isso? — Me pergunta um pouco assustada.
—
Significa que quero que se renda a mim, em tudo, voluntariamente.
Ela
olha para mim como quisesse assimilar a ideia do que eu havia dito.
— Porque faria algo
assim? Ela me pergunta me pegando de surpresa. Eu
realmente gosto dela. Às vezes, quando ela olha para mim, ela olha através de
mim, dentro de mim. Na alma que eu acho que perdi muito tempo atrás. Este
antagonismo não é algo que eu encontrei antes, e isso é tão refrescante, tão
admirável, tão desafiador. Eu a quero mais do que eu já quis qualquer coisa!
— Para
satisfazer-me. — Murmurou inclinando a cabeça, esboçando um sorriso.
o
meu tom de voz é hipnótica tenho que seduzila.
—Como
tenho que fazer?
—
Tenho normas e quero que as aceite. São normas que te beneficiam e me proporcionam
prazer. Se cumprir essas normas para satisfazer-me, te recompensarei. Se não,
te castigarei para que aprendas.
satisfazer-me,
te recompensarei. Se não, te castigarei para que aprendas. — Sussurra. Enquanto
fala comigo, olho para a estante de varas.
—
E em que momento entra em jogo tudo isso?
Ela
continua curiosa, tenho que usar a curiosidade dela ao meu favor, ela passa a mão
ao redor do quarto.
—
É parte do pacote de incentivos. Tanto da recompensa como do castigo.
—
Então desfrutará exercendo sua vontade sobre mim.
—
Se trata de ganhar sua confiança e seu respeito para que me permita exercer
minha vontade sobre ti. Obterei um grande prazer, inclusive uma grande alegria,
caso você se submeta. Quanto mais se submeter, maior será minha alegria. A
equação é muito simples.
—
Certo, e o que eu ganho de tudo isso?
Encolheu
os ombros no que pareceu um gesto de desculpa.
—A
mim. — Uma submissa qualquer aceitaria isso, como premio, mas ela não é uma
submissa. Observo ela passar a mão pela vara, como eu quero usar essa vara nela.
— Anastásia, não tem
maneira de saber o que pensa. — Murmurou nervoso. – Vamos voltar para baixo,
assim poderei me concentrar melhor. Desconcentro-me muito contigo aqui.
Estendo
minha mão, para descemos, mas acho que tudo isso assustou, ela não faz nenhuma menção
em pegar minha mão, não posso me arriscar ela ter medo de mim, droga como isso
me incomoda.
— Não vou te
machucar, Anastásia. — Ela tem que confiar
em mim, quem sabe assim que eu levar ela até onde ela dormirá ela fique mais
calma, de repente ela esta pensando que esse seria o seu quarto. Eu gosto muito dela. Talvez mais do que o que é bom para
mim. Fico com a minha mão estendida para ela, mas ela continua hesitante para
pegá-la, questionando, com medo mesmo, mas ela parece que esta pensando no que
eu acabei de dizer. Ela acaba me dando recebe a minha mão com aquela familiar
corrente de eletricidade passando através de nós novamente. Eu a levo para fora
e quero distraí-la. Eu a levo pelo corredor para um quarto. O quarto é todo
branco, juntamente com os móveis. Eu abro a porta e lhe mostro o quarto.
— Meu quarto?
Espera que venha viver aqui? — Pergunto sem poder dissimular meu tom
horrorizado.
— Viver não.
Apenas, digamos de sexta à noite até a noite de domingo. Temos que conversar
sobre o tema e negociar. — Acrescentou em voz baixa e duvidosa.
— Dormirei
aqui?
—Sim.
— Não contigo.
—Não. Já disse. Eu
não durmo com ninguém. Apenas contigo quando se embebedou até perder o sentido.
— Disse em tom de reprimenda. Ela
está me deixando louco. Eu corro minha mão pelo meu cabelo em um gesto nervoso. Eu não
consigo pensar direito.
— Onde você
dorme?
— Meu quarto
está abaixo. Vamos, deve sentir fome.
— É estranho,
mas acho que perdi a fome. — Murmurei sem vontade.
— Tem que comer
Anastásia. — Chamou minha atenção.
Seus olhos se
tornam fendas de raiva reprimida, você poderia vendá-la com um fio dental, e
sua boca faz biquinho, numa linha fina. Ela se move sondando. Volto a pegar a
mão dela e descemos. Tenho acha uma maneira de acama-la mostrar, a ela que tudo
entre nós será às claras então eu falo.
— Sou totalmente
consciente de que estou indo por um caminho escuro, Anastásia, e por isso quero
de verdade que pense bem. Com certeza tem coisas para perguntar-me. — Digo
soltando sua mão e indo em direção à cozinha, o olhar dela esta confuso como
não soubesse o que me perguntar
— Assinou um acordo
de confidencialidade, assim que pode perguntar o que quiser e responderei. —
Falo indo em direção a geladeira, pego a tabua de queijos que Gail deixou
pronta junto com as uvas e pego o pão no cesto e começo a cortar . Ela continua
em pé, como fosse sair daqui a qualquer momento. Eu só quero que ela pense no
que eu estou propondo ela, estou
inseguro dela me dizer não sem ao menos pensar.
— Sente-se — Falo em um tom de dominante, não posso também
baixar minha guarda para ela, não posso e nem devo passar a minha insegurança Ela
estreita os olhos, dando-me o seu olhar "você
é mandão", mas se senta. Consegui passar o meu recardo.
—
Falou sobre os papéis.
—
Sim.
—
A que se refere?
— Bom, além do acordo
de confidencialidade, há um contrato que especifica o que faremos e o que não
faremos. Tenho que saber quais são seus limites, e você tem que saber quais são
os meus. Trata-se de um consenso, Anastásia. —
Ela
parece perdida. Mas começa a tentar organizar sua mente a partir do excesso de
informação
—
E se não quiser?
Quando
ela fala isso eu paraliso, uso o todo o meu autocontrole, para que ela não
perceber, isso não é uma negociação a nossa relação vai ser como eu quero.
—
Perfeito. — Respondo calmamente. Sem revelar nada, mas o que eu sinto é o
completo oposto
—
Mas, não teremos nenhuma relação? — Ela pergunta.
—
Não.
—Por
quê?
—
É esse o único tipo de relação que me interessa. — Sou firme.
—
Por quê?
Encolho
os ombros.
—
Sou assim.
—
E como chegou a ser assim?
— Por que cada um é
como é? É muito difícil saber. Porque uns gostam de queijo e outros odeiam?
Você gosta de queijo? A senhora Jones, minha governanta deixou queijo para o
jantar.
Tiro os pratos dos armários e coloco na
bancada na frente dela
Ela olha
surpresa. Com a minha mudança de assunto. Mas determinada a permanecer em seu
curso de ação, e não ir para o desvio.
—
Que normas eu tenho que cumprir?
—
Tenho por escrito. Veremos depois de jantar. — Quero aproveitar cada momento da
companhia dela
—
De verdade, não tenho fome. — Ela sussurra.
—
Vai comer — Não posso deixa-la me desafiar.— Quer outra taça de vinho?
—
Sim, por favor.
Serviu-me
outra taça e sentou a meu lado. Dei um rápido gole.
—
Fará bem comer, Anastásia. — Eu digo com força. Empurro a comida mais perto
dela
Ela
pega um pequeno cacho de uvas. Com isto sim, que posso.
Ela
continua a me desafiar, Só um cacho de uva, revirou os meu olhos.
—
Faz muito tempo que está nisso? — Ela Pergunta. Tentando busca uma palavra
apropriada para seus pensamentos, "estilo de vida", ela termina seu
discurso. Dou um pequeno sorriso.
—
Sim. Eu respondo secamente.
—
É fácil encontrar mulheres que aceitem?
Ela
sonda ainda mais.Eu olho e levanto uma sobrancelha.
—
Ficaria surpresa. — Respondo friamente.
— Então, porque eu?
De verdade, não entendo. — Ela encolhe os ombros, e
desarma-me mais uma vez
. Eu dou um
suspiro audível para ela
—Anastásia, já te
disse. Tem algo. Não posso me afastar de você.
Ela sorri
ironicamente. Continuo
— Sou um pássaro atraído pela luz. — Minha voz
fica trêmula. — Te desejo com loucura, especialmente agora, quando morde os
lábios. — Respiro fundo e engolindo seco. Pela primeira vez desde a
minha revelação, ela teve luz e brilho em seus olhos.
— Acho que inverteu este clichê. — Ela
me responde.
—Coma! Eu mando.
— Não. Ainda não
assinei nada, assim, acho que farei o que quiser, se não se importa.
Essa reação dela faz meus os meu olhar se acalmar
para ela dou m sorriso. Eu realmente gosto dela. Ela vai de igual para igual
comigo na negociação.
— Como quiser
senhorita Steele. digo. —Ela
olha para seus dedos, refletindo sobre uma questão em sua cabeça, decidindo que
a abordagem direta seria o melhor curso de ação. Olha nos meus olhos e
pergunta:
— Quantas mulheres?
— Quinze, — eu deixo escapar.
—
Durante longos períodos de tempo?
—
Algumas sim.
—
Alguma vez machucou alguma? Ela pergunta.
— Sim, —
eu disse lentamente. O medo se arrasta de volta para
seus olhos.
— Grave?
— Não.
— Me machucaria? — Ela pergunta,
fechando os olhos.
Estou surpreso com a
pergunta. Eu não quero magoá-la.
— O que quer
dizer?
— Se vai me
machucar fisicamente.
— Te castigarei quando for necessário
e será doloroso.
Ela
engole forte, os olhos aumentando de tamanho. Ela abaixa seu copo de vinho. Me
pergunta se eu já apanhei, e lembrando-me do tempo com a Sra. Lincoln, respondo
afirmativamente. Muito, mas eu não digo isso a ela. Ela olha surpresa. Eu digo
a ela que podemos discutir isso no meu estúdio, e lhe tomo a mão. É como a
intermediação de um negócio. Ela é uma negociadora dura. Quando entro no meu
estúdio, eu entrego a ela o contrato com as regras escritas nele. São várias
páginas. Seus olhos se arregalam com a extensão dele.
Há regras
de obediência onde eu quero que ela entregue o controle total sobre ela a mim,
seu Dominante, de uma forma rápida e expedita. Ela vai participar, sem
hesitação, de qualquer atividade sexual que eu determinar, como seu Dom,
sujeita aos limites rígidos. Ela é esperada de dormir pelo menos sete horas por
dia. Ela vai manter a sua saúde, comendo de uma lista determinada de alimentos,
sem beliscar nos intervalos. Ela terá de usar as roupas que eu achar melhor
para ela, e eu determino um montante para a Submissa, para comprar os tipos de
roupas que eu acho desejáveis. Ela deve se exercitar quatro vezes por semana em
sessões de uma hora e o treinador pessoal me comunicará seu progresso. Para a
higiene pessoal e beleza, a submissa deve manter-se depilada em todos os
momentos, em um salão que eu escolher e se submeter a qualquer tratamento que
eu considerar adequado. A submissa não deve beber em excesso ou fumar ou tomar
drogas ou colocar-se em perigo desnecessário. Ela também não terá quaisquer
relações sexuais com outra pessoa. Ela será respeitosa e modesta em todos os
momentos. Se ela deixar de seguir as regras, haverá punição imediata do tipo a
ser determinado pelo Dominante.
Ela lê o
contrato atentamente, meus olhos não se desviando dela. Finalmente, ela levanta
o olhar para mim perguntando:
— Limites
inquebráveis?
Bom, ela
ainda está estudando a possibilidade.
— Não tenho certeza
se vou aceitar dinheiro para roupas. Não me parece certo.
Eu suspiro. Por que não seria certo?
— Quero gastar
dinheiro com você. Deixa-me comprar roupa. Talvez necessite que me acompanhe em
algum ato, e quero que esteja bem vestida. Tenho certeza que com seu salário,
quando encontre um trabalho não poderá pagar a roupa que gostaria que vestisse.
Ela pondera um
pouco, e pergunta.
— Não terei que
usar quando não estiver contigo?
— Não.
—
Certo. Eu penso nisso como um uniforme.
—
Não quero fazer exercícios quatro vezes por semana.
—
Anastásia, necessito que esteja ágil, forte e resistente. Confie em mim, tem
que fazer exercícios.
—
Com certeza que não quatro vezes por semana. O que acha de três?
—
Quero que seja quatro.
— Pensei que fosse
uma negociação.
—
Certo, senhorita Steele, tem razão. O que te parece uma hora três dias por
semana e meia hora outro dia?
— Três dias, três
horas. Você me dá a impressão de que se ocupará de que faça exercício quanto
estiver aqui.
Ela me desarma novamente, tornando-me cheio de
desejo por ela, instantaneamente. Eu sorrio maliciosamente com alívio.
—
Sim o farei. Certo. Tem certeza de que não quer trabalhar em minha empresa? É
boa negociando.
— Não, não acho que
seja uma boa ideia.
— Vamos aos
limites. Estes são os meus. — Digo estendendo outra folha de papel.
LÍMITES INQUEBRAVEIS:
Atos com fogo.
Atos com urina,
fezes e excrementos.
Atos com agulhas,
facas, perfurações e sangue.
Atos com
instrumentos médicos ginecológicos.
Atos com crianças
e animais.
Atos que deixem
marcas permanentes na pele.
Atos relativos ao controle da respiração.
— Quer acrescentar algo? — Eu pergunto. Ela parece perdida e confusa. Então eu viro e pergunto .
—
Há algo que não queira fazer?
—
Não sei.
—
O que é que não sabe?
Removi
incomoda e mordo os lábios.
—
Nunca fiz uma coisa assim.
—
Bom, há algo que não goste no sexo?
Pela
primeira vez, no que parecia séculos, ruborizei chegou o momento que eu tanto
temia, eu nunca pensei em ter essa conversa com alguém.
—
Pode me dizer, Anastásia. Se não formos sinceros, não vai funcionar.
Volto
a me mover incomoda e olho para minhas mãos, agora a minha vontade de sair correndo
aumentou.
—
Diga. — Pediu-me.
—
Bom... nunca fiz isso antes com ninguém, então não sei. — Digo com uma voz
baixa.
—
Tudo bem, sei que não é todo mundo que faz isso, me diz o que você não gosta no
sexo ou o que você gosta quais são suas preferência? — Ele me pergunta.
Acho
que ele não entendeu o que eu disse, será que devo correr agora? A baixei minha
cabeça e disse.
—
Eu nunca estive com um homem. — Sinto que ele para um pouco para pensar.
—
Então você só esteve com mulheres é isso você é lésbica?
Meu
Deus ele é burro ou eu que não sei fazer entender, minha resposta sai como o
meu espanto.
—
Não, eu nunca fiz sexo nem com um homem e nem com mulher! — Sinto que o meu
rosto esta em brasa.
Levantei
os olhos até ele, que olhava com a boca aberta, paralisado e pálido, muito
pálido.
—
Nunca? — Sussurrou.
Assenti.
—
É virgem?
Ela
confirma com a cabeça e fica vermelha.
Fecho os olhos e começo Um... Dois... Três... Quatro... Cinco... Seis... Sete...
Oito... Nove... Dez... Respire Grey. Respiração profunda. Merda! Eu ainda estou
com raiva!
"Por
que diabos você não me disse isso antes?" Eu grito. Ela recua.
Um... Dois... Três...
Quatro... Cinco... Seis... Sete... Oito... Nove... Dez... Respire Grey.
Respiração profunda. Merda! Eu ainda estou com raiva!
—
Por que, porra, não me disse. — Eu grito. Ela recua.
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